Me faz vomitar!









Me faz vomitar!!!

 Existe alguma coisa ocupando o meu estomâgo,

 É esquisita e eu quero vomitar,

 Sabe eu não quero nada ocupando o Teu lugar,

 Eu quero é mais de você, enche o meu âmago!


 Pra que o Teu sangue corra em minhas veias eu preciso Te comer,

 Mas tem algo esquisito no meu estomâgo,

 Preciso de mais fome de Você!


 Há muito me instalaste na mesa, preparada por Ti,

 Estás como Cabeça, vários assentos ali vi,

 Mesa transbordando de pão e àgua,

 E por um bom tempo comi e comi...

 Mas tudo que lembro é que dores de estomâgo senti...


 Em algum momento, da mesa eu fugi…

 Fui pelas ruas e comi a comida que encontrei ali...

 Preciso Pai…de vomitar tudo que do mundo engoli,

 Estou cheia de enjoos, nem mais lembro o que comi!



Mas quando de noite me incomódaste, eu entendi,

 Que até agora pedi mal ou nada pedi!



Agora peço: "Quero mais fome de Ti!"

 Estou cansada de migalhas eu quero mais de Ti…

 A falta do pão nas prateleiras, mal me lembram da mesa que vi,

 Mas eu sei que tens, sim, tens o banquete preparado pra mim!



Arranca o meu conformismo que parece não ter fim,

 Me faz vomitar; arranca tudo que não presta dentro de mim...

 Só assim Pai, te convido a me encher,

 Me encha de Pão, me encha de vinho,

 Me encha da vida que há em Você!



Foi dentro da casa de pão que me perdi,

Com rumores de pão nas prateleiras do mundo, algo me atraiu,

 *Mas eu não sabia que não havia pão ali!*



E quando foi que o pão nas prateleiras da casa de pão sumiu?



Só há migalhas…onde está o pão que pensei que vi?

 Pensei que estava aqui nas prateleiras, porquê não o vejo aqui?

 Porque é que a mesa agora parece tão distante de mim?

 O véu já foi rasgado, porquê vejo separação ainda aqui?



Faça com que hajá pão aqui,

 Por favor, eu quero ter fome, ter fome de Ti!

 Me faz vomitar; tira fora o que eu comi,

 Eu te dou legado, me faz novamente sentar na mesa que vi!



Mas somos tantos, nos esquecendo da fome pelo Senhor,

 Perdidos no caminho, deixamos o primeiro amor,

 Queremos a paixão ardente, o amor zeloso; o fervor

 Esvazia-nos de nós, nos devolva o vigor por favor!



Precisamos voltar pra Tua mesa, olhar pra Você,

 Ter comunhão Contigo, falar com Você,

 Conhecer Teu querer, Conhecer Você,

 Comer Tua comida em verdade e com prazer!



Aí sim, o pão voltará a casa de pão,

 Pois seremos dispenseiros que não trabalham em vão,

 Mostraremos o caminho, abriremos a mão...

 Pra daquilo com que nos tens fartado, partilhar com compaixão!



Como sentiremos compaixão dos perdidos,

 Se não nos lembrarmos o que é ter fome de Ti?

 Do aperto e da solidão que caracteriza estar longe de Ti?

 Como teremos compaixão do perdido,

 E desejar poder lhe chamar verdadeiro irmão?

 Se não termos fome de Ti e nem amor no coração?



Que sejamos dispenseiros sim,

 Que mostram o caminho, e dizem que sim,

 Ainda tem espaço na mesa sem fim,

 Ainda está aberta a chamada do "vinde a mim!"



Você quer vir pra Ele?

 Você quer comer Dele?


Necessário então te é clamar:

"Tenho fome Jesus, fome de Ti...

 Comi algo esquisito, me faz vomitar!"


Rute 1:6 “Então se levantou ela com as suas noras, para voltar do país de Moabe, porquanto nessa terra tinha ouvido que O Senhor havia visitado o seu povo, dando-lhe pão.

 Escrito por Célia David Pascoal em Visões do Espelho Embaçado 24.04.2017

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